Apoio marítimo começa ano com frota de quase 420 embarcações
Unidades de apoio offshore sob bandeira nacional corresponderam a 90%, segundo relatório mais recente Syndarma/Abeam. PSVs e OSRVs totalizaram 187 barcos, 45% do total.
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras fechou o primeiro mês do ano com um total de 418 embarcações, mesmo número de dezembro passado e acima das 395 unidades registradas em janeiro de 2022. De acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), 377 correspondiam a unidades de bandeira brasileira e 41 de bandeira estrangeira, na posição de janeiro de 2023. Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 105 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 105 de bandeira brasileira. Cerca de 69 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
As embarcações com bandeira nacional representam 90% da frota de apoio offshore, assim como em dezembro de 2022, enquanto 10% correspondem a embarcações de apoio com bandeiras estrangeiras. Em dezembro, o levantamento Syndarma/Abeam havia identificado 418 embarcações, das quais 377 de bandeira brasileira e 41 de bandeiras estrangeiras. Em novembro, eram 420 embarcações, das quais 377 de bandeira brasileira e 43 de bandeiras estrangeiras.
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
De acordo com a publicação, a frota em janeiro era composta por 45% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 187 barcos. Outros 19% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que agora correspondem a 79 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 56 unidades no período (13%), enquanto 25 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 18 RSVs (embarcações equipadas com robôs), 17 PLSVs (lançamento de linhas) e 14 MPSVs (multipropósito).
A Bram Offshore/Alfanave continua sendo a empresa de navegação com mais embarcações, em operação ou aguardando contratação, com 60 unidades (6 são estrangeiras). A CBO, que opera 44 barcos de apoio, todos de bandeira brasileira, recuperou a segunda posição nesta última atualização. A Starnav vem em seguida, com 42 barcos de pavilhão nacional, um a mais que em dezembro.
Segundo o relatório, 25 embarcações de bandeira brasileira faziam parte da frota da Wilson Sons Ultratug em janeiro. A Oceanpact e a Tranship, ambas com 24 barcos de apoio de bandeira brasileira cada, e a DOF/Norskan com 22 unidades (17 de bandeira brasileira e 5 de bandeira estrangeira) aparecem na sequência. Já a Camorim tinha nesse período 17 unidades em sua frota, todas de bandeira brasileira.
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 46 PSVs/OSRVs, 10 AHTS, dois PLSVs, dois RSVs, dois MPSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em janeiro, tinha mais AHTS: 14 embarcações desse tipo. A Tranship foi a empresa no período com mais embarcações LH/SV: 22 unidades, seguida pela Starnav, com 17, e pela Camorim, com 16. Confira abaixo a quantidade e os tipos de embarcações da frota de cada empresa, entre as associadas Abeam.
Site: Portos e Navios – 30/03/2023
