Drewry: Maersk provavelmente não buscará participação em outras alianças pós-2M
A armadora dinamarquesa Maersk provavelmente seguirá uma estratégia de desenvolvimento fora de uma aliança de transportadoras. Sua parceria com a MSC sob a denominação 2M termina em 2025. As duas grandes companhias marítimas anunciaram a separação há duas semanas, insinuando que a mudança causaria ondas de choque na indústria de transporte de contêineres e nas principais alianças globais.
A separação foi prevista porque a MSC estava investindo pesadamente no aumento de sua frota, superando a aliança e sinalizando que gostaria de seguir um caminho independente. Nesse contexto, não se sabe exatamente qual é o impacto para a Maersk e a empresa buscará uma aliança com outro armador.
Segundo a consultoria inglesa Drewry, há algum tempo a Maersk está ansiosa para sair da 2M, por considerá-la incompatível com suas estratégias, pois carecia de autonomia nas decisões de sua própria rede.
A 2M foi útil para a Maersk em 2015, pois a empresa tinha novos grandes navios que precisavam de cargas. Mas houve mudanças desde então nas soluções de logística de ponta a ponta. Como consequência, a Maersk precisa controlar sua própria rede e ter domínio total sobre seus serviços, segundo a Drewry.
A Drewry acredita que a Maersk não buscará afiliação a uma aliança existente nem tentará formar uma nova, pois seu novo modelo de negócios traz maior lucratividade aos acionistas.
Para tornar o modelo um sucesso, a empresa terá que integrar vários negócios de logística recém-adquiridos, uma tarefa gigantesca para qualquer empresa.
Site: Portos e Navios – 07/02/2023
