ABIMAQ retomará reivindicação de assento no CDFMM
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) pretende retomar o pleito de reivindicar um assento da entidade no Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM). A proposta faz parte da pauta para 2023, que será discutida no começo do ano que vem, e que prevê ainda a destinação de 30% dos projetos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para financiar diretamente o fornecedor de máquinas e equipamentos, para cada navio aprovado pelo fundo setorial. O objetivo é que parte do financiamento de um navio seja repassado diretamente aos fabricantes de máquinas e equipamentos, nas mesmas condições já concedidas aos armadores e estaleiros.
A ideia é que a CSENO coordene um plano estratégico na primeira reunião de 2023, buscando elaborar cenários, identificar stakeholders e propor um pacote de ações. A agenda inicial, aprovada em novembro em reunião da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO/ABIMAQ), também prevê avaliar a proposta de revisão da Lei 14.301/2022, que criou o programa de cabotagem do governo federal (BR do Mar), mas que ainda carece de regulamentação.
A ABIMAQ é a favor do incentivo à cabotagem, mas não com a abertura ampla e irrestrita ao mercado de frete internacional, como considera ter sido o texto aprovado que, de forma gradual, em quatro anos, acaba totalmente com a obrigatoriedade de bandeira brasileira nos navios de cabotagem, incluindo transporte de combustíveis e os shuttle tankers (navios aliviadores que fazem o transporte do petróleo dos FPSOs para os terminais).
Entre as ações sugeridas para 2023, a CSENO também pretende buscar parceria da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) para trabalho conjunto nos pleitos do setor naval. Na área de defesa, a câmara setorial buscará ampliar a interlocução com Marinha e Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), mesma estratégia que deve focar junto à PETROBRAS.
Site Portos e Navios - 16/12/2022
