2022-12-16
Navios de transferência de carga podem ser alternativa à indisponibilidade de aliviadores

O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) nas áreas de petróleo, gás natural, bioenergia, petroquímica e hidrogênio, Alberto Machado, acredita que o aumento das atividades de exploração e produção de O&G poderá reduzir a disponibilidade de navios aliviadores (shuttle tankers) nos próximos anos e demandará alternativas logísticas para o escoamento. Machado mencionou que existem opções em estudo pela indústria, como os Cargo Transfer Vessels (CTVs), que podem se tornar uma alternativa para a transferência do produto.

A alternativa, em linhas gerais, consiste em posicionar um navio-tanque (NT) convencional próximo à plataforma e um CTV na área de operação entre a unidade de produção e esse NT convencional, que precisará de um rebocador para garantir sua estabilidade. O desafio, segundo Machado, será posicionar um CTV próximo a um navio-tanque convencional com possibilidade de exportar o óleo sem passar por um porto.

O rebocador será necessário para garantir a segurança das operações devido às características de mar. “É uma operação complicada. Se essa alternativa for comprovada, teremos uma demanda adicional de um barco com certa complexidade”, analisou Machado, nesta quinta-feira (15), durante reunião da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO/ABIMAQ).

Os navios aliviadores transportam o óleo extraído do poço e armazenado em FPSOs até um terminal portuário, onde é feito o transbordo (ship-to-ship) ou esse óleo segue para a rede de distribuição em terra. A perspectiva é que a inserção de um navio de transferência (CTV) nas operações possa diminuir o tempo de descarregamento e o consumo de combustível, de forma a reduzir custos operacionais.

Site Portos e Navios - 15/12/2022


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