2022-12-15
‘Buscamos novos caminhos e a privatização se apresentou como alternativa’, afirma Sampaio

O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, afirmou, nesta quarta-feira (14), que a gestão da pasta está concluindo, neste final de ano, um ciclo em que se olhou para a infraestrutura como agenda de Estado, com responsabilidade e com a escolha de técnicos em suas posições. Ele destacou que as companhias docas federais reverteram prejuízos de caixa nos últimos anos e que, em março de 2022, o governo privatizou o primeiro porto público, a Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA). A expectativa, segundo o ministro, é que a modelagem adotada dê o retorno esperado de investimento, geração de empregos e desenvolvimento da região.

"Herdamos em nossos portos, infelizmente, 8 companhias docas deficitárias e vamos entregar 7 delas dando lucro recorde, como em Santos (...) Tivemos ousadia e coragem de inovar e buscar novos caminhos para a infraestrutura portuária e a privatização se apresentou como alternativa", declarou Sampaio, durante a cerimônia de posse dos três novos diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), realizado na sede da autarquia, em Brasília.

Na ocasião, Sampaio lembrou que o início da gestão, em 2019, chegou a se pensar na fusão da ANTAQ com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ele considera que os diálogos com agentes setoriais foram importantes para reavaliar essa proposta e na decisão de se buscar a ampliação do corpo de diretores da ANTAQ. "Hoje, estou convicto que a agência estruturada com 5 diretores vai trazer o que setor da navegação, hidroviário e portuário precisa", disse o ministro, que chefiava a secretaria-executiva da pasta e assumiu o cargo este ano, após Tarcísio de Freitas deixar a pasta para concorrer ao governo de São Paulo.

Em seu balanço, Sampaio também destacou que o setor portuário vem entregando mais e com eficiência a cada ano, com portos públicos e terminais de uso privado (TUPs) alcançando recordes de movimentação de cargas. No período de quatro anos, citou, foram realizados leilões com 36 arrendamentos portuários. Ele acrescentou que, pela primeira vez em 15 anos, foi feito um planejamento integrado do setor portuário, em conjunto com o ferroviário, reduzindo os conflitos na chegada ao Porto de Santos. "A visão integrada do setor de infraestrutura traz eficiência. Trouxemos as autorizações para o setor ferroviário e tem dado certo. Hoje o privado pode construir ferrovias sem burocracia e sem o fardo pesado das concessões", salientou.

Site Portos e Navios - 14/12/2022



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