2022-11-25
Xeneta destaca excesso de contêineres e queda na demanda

Após mais de dois anos de fretes em alta e capacidade de transporte sobrecarregada, o mercado de frete marítimo está em baixa. Segundo a Xeneta, as empresas de navegaçã se preparam para um 2023 extremamente desafiador. A previsão é de declínio contínuo nos volumes de carga, com os fretes em queda continuada. O resultado será frotas cada vez mais ociosas. Isso acontece após dois anos em que todos os navios e contêineres estavam abarrotados.

Durante a pandemia da covid-19, os fretes atingiram valores máximos históricos. Mas agora o cenáro é de queda — e no caso das tarifas spot, a descida é drástica desde o verão, destaca a consultoria Xeneta, baseada em Oslo. Usando dados de crowdsourcing dos principais transportadores globais, seus analistas estão prevendo que as tendências continuarão em 2023, resultando em um declínio adicional de 2,5%.

Quedas contínuas nos volumes transportados resultarão em uma situação desequilibrada para o mercado, prevê a Xeneta, levando a crescente excesso de capacidade. A consultoria aponta para a adição potencial de até 1,65 milhão de TEUs de capacidade em novas embarcações. A incorporação de novos navios à frota será apenas parcialmente compensada pela demolição de embarcações mais antigas. A Xeneta espera um aumento de 5,9% na capacidade de transporte de contêineres, observando que mesmo que as demolições dobrem em relação ao nosso nível atual de expectativas, a indústria marítima ainda espera uma expansão de quase 5% em sua capacidade de transporte.

A estimativa é de que até 1 milhão de TEUs ficarão ociosos.

Site: Portos e Navios – 25/11/2022


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