Crescem exportações brasileiras para UE, Argentina e EUA; vendas externas caem para Ásia
Balança comercial teve aumento de 18,4% nas exportações, somando US$ 225,09 bilhões, entre janeiro e agosto. Dados indicam queda de 3,3% nas comercializações para China, Hong Kong e Macau. Desempenho da indústria de transformação foi maior que o da agropecuária
União Europeia, Argentina e Estados Unidos figuraram, percentualmente falando, como os parceiros comerciais que mais tiveram crescimento na pauta das exportações do Brasil, entre os meses de janeiro e agosto, ao respectivamente registrarem altas de 36% (US$ 33,86 bilhões), 34,1% (US$ 10,46 bilhões) e 27,1% (US$ 24,5 bilhões). Embora em valor continuem elevadas (US$ 64,01 bilhões), as vendas externas para China, Hong Kong e Macau caíram 3,3% no mesmo período.
Divulgada nesta quinta-feira (1º), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a balança comercial do país – que considera o desempenho econômico da agropecuária, indústria extrativa e indústria de transformação – acumulou um saldo positivo de US$ 44,1 bilhões, embora tenha registrado uma queda de 15,2% em relação a igual período de 2021, quando o superávit chegou a US$ 52 bilhões. Entre janeiro e agosto, as exportações totalizaram US$ 225,1 bilhões (alta de 18,4%) e as importações, US$ 181,04 bilhões (+31,5%).
Conforme a Secex, no acumulado de 2022 em comparação a igual período do ano passado, a indústria de transformação tomou a dianteira da agropecuária ao crescer 30,5%, totalizando US$ 120,01 bilhões. O agronegócio registrou expansão de 30,3%, somando US$ 53,82 bilhões. Já a indústria extrativa caiu 10%, chegando a US$ 50,25 bilhões.
As vendas externas da indústria de transformação foram alavancadas por óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos), que obteve um crescimento de 90,8%, com aumento de US$ 25,19 milhões na média diária; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+ 45,3% e US$ 14,77 milhões); farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+ 39,2% e US$ 12,62 milhões), entre outros.
Já a agropecuária obteve bom desempenho, graças às exportações de soja (+ 22,1% com aumento de US$ 42,07 milhões na média diária); milho não moído, exceto milho doce (+ 150,2% e US$ 17,95 milhões); café não torrado (+ 55,3% e US$ 11,54 milhões); trigo e centeio não moído (+ 500,4% e US$ 3,80 milhões), arroz com casca, paddy ou em bruto (+ 279,6% e US$ 0,59 milhões na média diária).
Site: Portos e Navios – 02/09/2022
