2021-10-08
TCP inova na gestão de contêineres que recebe em Paranaguá

Para tentar driblar a crise da falta de contêineres, o Terminal de Contêineres de Paranaguá tem usado estratégias logísticas que envolvem toda a cadeia portuária. Em agosto, o terminal comemorou a maior movimentação mensal de carnes da história do porto. A TCP movimentou mais de 20 mil TEUs, o maior número de cargas refrigeradas já movimentado por qualquer terminal no país.

De acordo com o diretor comercial e institucional da TCP, Thomas Lima, o sucesso das operações, mesmo em meio à crise, se deve à inteligência aplicada ao setor logístico. "Nós temos projetos em andamento com algumas empresas para casar os fluxos logísticos e esse é um dos nossos diferenciais estratégicos. Otimizamos essa logística, em uma parceria com os armadores, para suprir a necessidade específica de cada um. A gente mapeia as oportunidades, para fazer um pulmão de contêineres, com uma parceria com o operador ferroviário, assim alimentamos todo esse sistema”, conta Thomas.

Para ele, há uma carência de inteligência no setor de logística, principalmente, quando se fala em commodities. “A gente tem um time só para fazer toda essa logística. Esse é um dos grandes diferenciais da TCP”.

O Brasil cada vez mais se destaca como um grande produtor de alimentos para exportação e depende da integração de portos e outros modais para escoar a produção. Segundo o diretor comercial da TCP, o diferencial está nessa integração. “Estamos conseguindo finalizar o ciclo do contêineres dentro do terminal. Como temos armazém de importação e de exportação, o caminhão graneleiro do importador pega a carga dentro do TCP e já está trazendo outra carga para exportação, a carga já é direcionada para um dos contêineres. A gestão da carga e descarga já acontece ali. Nos projetos que estamos envolvidos, nós vemos uma queda de 50% do tempo que os contêineres estão levando para voltar para a exportação. Isso é inovação”, ressalta.

Ele destaca ainda que é necessário ter uma base de dados bem ampla para conseguir enxergar essas oportunidades de “casamento”. “A partir do momento que eu conheço a logística, que tenho informação, e tenho uma tecnologia para compilar essa informação, de modo que eu possa traçar alguns diagnósticos e posso tomar algumas ações, por exemplo, casando a logística de alguns clientes, no final do dia todo o sistema é beneficiado”, conclui.

Site: Portos e Navios – 08/10/2021


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