Estudo de nova área para minérios em Itaguaí prevê plena operação em 7 anos
Futuro arrendatário do ITG-02 deverá atingir capacidade de 21,4 milhões de toneladas no período. Modelo apresentado pela Infra, S/A durante audiência pública, considera contrato de 25 anos, com início a partir de 2024
A Infra S/A detalhou os estudos do arrendamento da nova instalação portuária localizada no Porto de Itaguaí (RJ), destinada à movimentação e armazenagem de minério (ITG-02), cujo processo se encontra em consulta pública. O futuro arrendatário deverá realizar investimentos até o 4º ano contratual em instalações e equipamentos para atingir a capacidade operação mínima de 21,4 milhões de toneladas/ano, além da construção de um novo píer para navios classe capesize (até 210.000 TPB), do sistema de embarque com equipamentos com capacidade nominal de 12.000 t/hora e de sistemas transportadores para expedição da carga equivalente a 12.000 t/h.
A capacidade estática mínima total do pátio do futuro terminal será de 900.000 toneladas, com sistema de recepção ferroviária equivalente para atender a capacidade do terminal. O arrendatário deverá implantar um sistema de descarregamento ferroviário através de virador de vagões, com composição de 136 vagões com 100 toneladas cada. O modelo prevê a aquisição de virador de vagões de 8.000 toneladas/hora com descarga de dois vagões simultâneos, além da capacidade dinâmica do sistema de recepção ferroviária anual do terminal calculada no estudo, que foi de 25,7 milhões de toneladas.
O prazo contratual desse arrendamento é de 25 anos, no período de 2024 a 2048. Durante audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o analista Rômulo Castelo Branco, da Superintendência de projetos portuários e aquaviários da diretoria de planejamento da Infra S/A, disse que o custo total do projeto será de R$ 2,1 bilhões (capex original), chegando a aproximadamente a R$ 2,7 bilhões por volta do 12º ano de contrato, para quando está previsto o retrofit de 50% dos equipamentos. O critério do leilão será o de maior valor de outorga.
O escopo do projeto prevê as atividades de movimentação e armazenagem de minérios em área nobre ociosa do porto organizado, a fim de promover competição inter e intra portuária no estado, geração uma opção logística para produtores de médio e pequeno porte, principalmente de Minas Gerais, diminuição de custos logísticos e preços do serviço e construção de novas instalações de atracação, além de melhorar a saúde financeira da autoridade portuária por meio das tarifas e valor de arrendamento. A Infra S/A analisou a demanda para atender carga de terceiros e considerou projetos de expansão de novas minas em Minas Gerais, procurando excluir os terminais que operam carga própria (Vale e Tecar/CSN).
Site: Portos e Navios – 23/05/2023