2023-04-17
NPa Maracanã atraca no Porto de Santos na próxima quinta-feira (20)

Embarcação militar da classe Macaé é um dos dois navios-patrulha de 500 toneladas transferidos ao AMRJ para conclusão após recuperação judicial do Eisa. Unidade ficará subordinada operativamente ao Comando do 8º Distrito Naval e executará tarefas em todo litoral dos estados de São Paulo e Paraná

O navio-patrulha (NPa) Maracanã (P72) está previsto para chegar ao cais da Marinha do Brasil no complexo naval do Porto de Santos (SP), na tarde da próxima quinta-feira (20). Com 54 metros de comprimento e capacidade para até 35 tripulantes, a embarcação é o mais novo meio naval da armada. O NPa tem 54 metros de comprimento, um canhão de 40mm e duas metralhadoras de 20mm. O navio é capaz de desenvolver até 21 nós de velocidade e atingir um raio de ação de 2.520 milhas náuticas (cerca de 4.650 km).

De acordo com o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste, o NPa Maracanã ficará subordinado operativamente ao Comando do 8º Distrito Naval, unindo-se aos navios-patrulha Guajará e Guaporé na principal tarefa de defesa da Amazônia Azul, com ações de fiscalização do tráfego aquaviário, salvaguarda da vida humana no mar e prevenção da poluição hídrica, em todo litoral dos estados de São Paulo e do Paraná.

O NPa Maracanã é o terceiro da classe “Macaé”, que já possui outras duas unidades em operação na Marinha do Brasil (Macaé e Macau). O novo navio-patrulha faz parte da atual fase do Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (Pronapa), que prevê a continuidade da construção, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), do NPa Mangaratiba, cuja entrega está prevista para 2025. O AMRJ entregou o NPa Maracanã ao setor operativo da Marinha em dezembro passado.

O termo de compromisso para a conclusão da construção dos navios-patrulha Maracanã e Mangaratiba, ambas de de 500 toneladas, no AMRJ, foi firmado em agosto de 2019 pelas diretorias de Engenharia Naval (DEN), Industrial (DIM), de Sistemas de Armas (DSAM) e de Comunicações e Tecnologia da Informação (DCTIM) da Marinha. As embarcações, em diferentes estágios de construção à época, foram transferidas ao arsenal depois que o estaleiro Eisa (RJ) entrou em recuperação judicial sem concluir os projetos. O NPa Maracanã chegou a ser lançado ao mar e estava mais adiantado.

Na cerimônia de entrega em dezembro passado, o primeiro comandante do Maracanã, capitão de corveta Raphael Saidel da Costa, destacou que é um meio naval moderno e com muitas capacidades operativas. Antes da entrega ao setor operativo, o NPa Maracanã foi submetido a um amplo programa de testes de aceitação de todos os sistemas e equipamentos no mar, a fim de garantir a segurança e a eficiência da sua operação. O Maracanã navegou durante as comemorações alusivas ao bicentenário da Independência do Brasil, em setembro de 2022.

Para os próximos 10 anos, a Marinha do Brasil possui uma demanda para substituição de 12 unidades de 200 toneladas, que estão chegando ao final do ciclo de vida, por modelos de 500 toneladas. Além do navio de patrulha oceânica (OPV) 500t, a Marinha definiu outra plataforma para compor seu portfólio: um OPV de 2.000 toneladas, com padrão similar aos três navios que a força naval brasileira tem da classe Amazonas.

Ficha técnica Navio-patrulha Maracanã

Comprimento: 54,20m

Boca: 8m

Calado: 2,45m

Deslocamento: 425 toneladas

Autonomia: 10 dias no mar

Radares e sensores de última geração

Velocidade máxima mantida: 21 nós

1 canhão de 40mm

Duas metralhadoras de 20mm

Site: Portos e Navios – 17/04/2023


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