Marinha simula retomada de cruzeiro em ação da COP30
Exército naval treinou inserção de militares por helicóptero e operações de resgate em cenário de tomada hostil do Costa Diadema
A Marinha do Brasil (MB) realizou, na última sexta-feira (7), em Belém (PA), um exercício de simulação envolvendo forças adversas assumindo o controle do transatlântico Costa Diadema. A atividade integrou as ações de preparação de segurança para a 30ª Conferência das Partes (COP30) e teve como objetivo manter a capacidade da corporação de contribuir para a proteção de diferentes tipos de embarcações civis que possam ser alvo de ações terroristas ou de pessoas mal intencionadas.
De acordo com a Marinha, durante o adestramento a aeronave UH-15 “Super Cougar” aproximou-se em baixa altura — cerca de sete metros — e lançou um cabo sobre o convés do navio, permitindo a inserção das equipes de resgate e retomada. Ao todo, 14 militares desceram do helicóptero utilizando o método fast rope. A instituição acrescentou que a varredura realizada na embarcação teve como finalidade localizar ameaças que dominavam o navio e resgatar vítimas ou reféns mantidos sob controle de forças opositoras.
A Marinha destacou que a atividade contou com a sincronia de militares dos Comandos Anfíbios do Corpo de Fuzileiros Navais e de Mergulhadores de Combate, profissionais especializados em missões de alta complexidade, como reconhecimento, ações de comando, contraterrorismo e operações de resgate. Ainda segundo a corporação, foi simulada a presença de agentes perturbadores para conferir maior realismo à operação.
O coordenador da ação tática do exercício, capitão-tenente Victor Hugo, afirmou que a iniciativa representou uma oportunidade singular, sobretudo por envolver um navio de turismo de grande porte. Ele ressaltou a importância da equipe especializada e informou que o planejamento e o preparo começaram com antecedência. “Na ocorrência de alguma situação de crise a bordo, pode ser necessário o emprego de equipes táticas de operações especiais como o último recurso para intervir e obter uma solução da crise, restabelecendo, por fim, a segurança e a paz a bordo.”
A Marinha informou ainda que a aeronave empregada possui capacidade de decolagem de até 11 toneladas e opera com uma tripulação composta por cinco militares. De acordo com a corporação, o helicóptero se destaca por ser utilizado em uma ampla gama de operações, incluindo missões especiais, evacuação aeromédica, busca e salvamento, resgate no mar, transporte logístico e de carga externa. A MB acrescentou que o equipamento também pode atuar em combate a incêndios e no lançamento de paraquedistas, o que, segundo a instituição, demonstra sua versatilidade e elevada capacidade operacional.
Site Benews – 11/11/2025
