Frota de apoio marítimo totalizou 406 embarcações em abril
Quantidade de embarcações se manteve estável, com seis unidades de bandeira brasileira a mais em relação ao último relatório da Abeam, representando 90%, ante 10% de barcos de bandeira estrangeira.
A frota de apoio marítimo em águas jurisdicionais brasileiras encerrou abril em 406 unidades, mesma quantidade de março, 398 em fevereiro e 395 em janeiro. Do total do último levantamento, 367 unidades são de bandeira brasileira, seis a mais que em março, o que fez com que o número de unidades de bandeira estrangeira caísse para 39, de acordo com o relatório mais recente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam).
Com a queda da quantidade de embarcações de bandeira estrangeira, o percentual delas na frota, que havia avançado de 9% para 11% no último relatório, ficou em 10%, enquanto as unidades com bandeira brasileira passaram de 89% para 90% nesse último registro. O número de embarcações de bandeira estrangeira passou de 32 em dezembro de 2021 para 34 em janeiro, 37 em fevereiro e 45 em março.
Em relação a dezembro de 2015, quando a demanda começou a ser impactada pela retração no setor de petróleo e gás, foram desmobilizadas 175 embarcações de bandeira estrangeira e acrescentadas 99 de bandeira brasileira. Cerca de 61 embarcações, originalmente de bandeira estrangeira, tiveram suas bandeiras trocadas para o pavilhão nacional nesse período.
Nem todas as unidades listadas na publicação estão em operação, pois o relatório inclui embarcações que podem ou não estar amparadas por contratos, estar no mercado spot, em manutenção ou fora de operação. O relatório não considera embarcações dos tipos lanchas, pesquisa, nem embarcações com porte inferior a 100 TPB ou BHP inferior a 1.000. Os dados foram obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), à Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC), publicações especializadas e informações das empresas.
De acordo com a publicação, a frota em abril era composta por 45% de PSVs (transporte de suprimentos) e OSRVs (combate a derramamento de óleo), totalizando 183 barcos, um a mais que em março. Outros 19% eram LHs (manuseio de linhas e amarrações) e SVs (mini supridores), que agora correspondem a 77 barcos. Os AHTS (manuseio de âncoras) somaram 51 unidades no período (13%), enquanto 23 barcos de apoio eram FSVs (supridores de cargas rápidas) e crew boats (transporte de tripulantes), 18 PLSVs (lançamento de linhas), 17 RSVs (embarcações equipadas com robôs) e 14 MPSVs (multipropósito).
A Bram Offshore/Alfanave, do grupo norte-americano Edison Chouest, segue como a empresa de navegação com mais embarcações, em operação ou aguardando contratação, com 58 unidades (apenas duas estrangeiras), seguida pelo segundo mês consecutivo pela CBO, que opera 44 barcos de apoio de bandeira brasileira. A Starnav, com 40 barcos de pavilhão nacional, vem na sequência dessa lista.
Segundo o relatório, 28 embarcações faziam parte da frota da Oceanpact em abril, das quais 26 eram de bandeira brasileira e duas estrangeiras. A Wilson Sons Ultratug, com 24 embarcações de bandeira brasileira, e a DOF/Norskan, com 23 barcos de apoio (17 de bandeira brasileira e seis estrangeiras), vêm logo em seguida. Já a Tranship se manteve nesse período com 21 unidades em sua frota, todas de bandeira brasileira.
A frota da Bram/Alfanave, segundo o relatório, conta com 40 PSVs/OSRVs, nove AHTS, dois PLSVs, dois RSVs, entre outras embarcações. A CBO é a empresa de apoio offshore que, em março, tinha mais AHTS: 14 embarcações desse tipo. A Tranship permanece como a empresa com mais embarcações LH/SV: 20 unidades.
Site: Portos e Navios – 08/06/2022
