Suape espera assinar até agosto contratos para terminal de granéis sólidos
Consórcio com Agemar, Loxus e Marlog vai operar terminal multipropósito, com movimentação e armazenagem de granéis vegetais, granéis minerais e carga geral.
A administração do Porto de Suape (PE) espera que a assinatura do contrato de arrendamento da área denominada ‘SUA-07’, destinada à operação de granéis sólidos, ocorra até agosto. Diretores de Suape se reuniram, na última terça-feira (5), com representantes do consórcio que venceu a licitação na semana passada, a fim de discutir detalhes sobre a exploração da área no complexo portuário e industrial. O ‘SUA Granéis’, que vai explorar o terminal de granéis sólidos de Suape (TGSS), é formado pelas empresas Agemar, Loxus e Marlog.
O arrendamento terá validade de 25 anos, com previsão de operação de um terminal multipropósito, com a movimentação e armazenagem de granéis vegetais, granéis minerais e carga geral. O grupo arrendatário deverá realizar investimentos da ordem de R$ 60 milhões no período. As três empresas reunidas apresentaram a única proposta pela área SUA-07, no valor de R$ 15 mil, no certame. A expectativa é que o novo arrendamento atraia novos produtos. “Estivemos com representantes das empresas [do consórcio], ontem (5), e os planos são audaciosos para o futuro próximo. O contrato deve estar assinado até agosto”, adiantou à Portos e Navios o diretor de gestão portuária de Suape, Paulo Coimbra.
O TGSS está localizado na retroárea do Cais 5, em um espaço de 72.000 metros quadrados. A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O início das operações está previsto para 2024. A expectativa é que, no primeiro ano, o terminal brownfield opere 570.000 toneladas. O terminal vai gerar receita fixa de R$ 3 milhões, mais uma receita variável, permitindo ao porto movimentar açúcar, barrilha e outros granéis sólidos.
Os arrendatários deverão realizar investimentos para que o terminal alcance capacidade estática mínima total de 12.000 toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente.
Contêineres
Coimbra explicou que a retirada do Tecon 2 da carteira de áreas a serem licitadas foi um recuo que levou em consideração as atuais expectativas de demanda de crescimento da movimentação de cargas conteinerizadas, que não justificariam um segundo terminal no complexo portuário. A autoridade portuária de Suape apoia o aumento da produtividade e da eficiência do terminal de contêineres existente de forma a aproximar a movimentação da capacidade instalada do terminal, de aproximadamente 750.000 TEUs.
Atualmente, o Tecon Suape, operado pelo ICTSI Group, vem operando acima de 500.000 TEUs. A avaliação é que, dependendo do resultado do reequilíbrio contratual do Tecon, seja possível ampliar a produtividade e, consequentemente, atrair mais cargas para o terminal. “Há um pedido de reequilíbrio do contrato deles, que tem tarifas elevadas pagas a Suape contratualmente desde 2001 e que imprimem pressão, retirando competitividade, progredindo, o pleito em estudo, aumentará a produtividade e a atração de cargas”, explicou Coimbra.
O diretor de gestão portuária de Suape acrescentou que, dentro de 60 dias, devem ser homologadas as novas profundidades dos cais de contêineres (1, 2 e 3), igualando em 15,5 metros. A homologação depende da aprovação do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e do aval da capitania dos portos local. Coimbra destacou que, com os patamares homologados, o Tecon terá mais flexibilidade e menos restrições de janelas para serviços quinzenais, principalmente de longo curso.
Site: Portos e Navios – 07/04/2022
