MSC poderá agregar conhecimento de shipping e tecnologia à Log-In, diz Arany
CEO da empresa brasileira disse a investidores que principal mudança, até o momento, foi a eleição dos três conselheiros, em fevereiro. Para Log-In, processo está bem encaminhado e seguindo rito padrão no Cade.
A Log-In espera que, confirmada a operação da aquisição da participação majoritária pela MSC pelos órgãos de controle, o grupo agregue conhecimento do mercado de shipping e tecnologia à empresa brasileira. O diretor-presidente da Log-In, Marcio Arany, disse, nesta quarta-feira (9), que a principal mudança até o momento foi a eleição dos três conselheiros, em fevereiro. A empresa avalia que o processo está bem encaminhado e seguindo o rito padrão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“Temos algumas expectativas por ser o maior armador do mundo, que tem muito conhecimento de shipping. Eles podem abrir canais de benchmarking e tecnologia com a gente. Tem muita coisa boa que pode vir uma vez que o maior armador passa a ser seu principal acionista”, avaliou Arany, durante teleconferência com investidores sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2021.
Arany espera que a aprovação da operação possibilite novos negócios a partir da chegada efetiva da MSC. “Não temos informações do que eles pensam e trarão para trabalhar junto com a gente por conta desse momento (...) Do nosso lado, temos boa expectativa para o futuro”, disse o executivo. Ele acrescentou que a Log-In tem outros 20.000 acionistas para os quais precisará manter os cuidados que sempre teve até hoje.
O diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Pascoal Gomes, contou que um dos três novos membros do conselho eleitos atua como uma espécie de ‘conselheiro-monitor’ do Cade, de forma a garantir que a MSC, antes do despacho final, não participe de algum tipo de deliberação que possa ser conflituosa do ponto de vista concorrencial. Ele considera o processo inovador por o Cade ter concedido uma autorização prévia antes do despacho final para que SAS Shipping Agencies Services Sàrl realizasse sua oferta pública de ações (OPA), com objetivo de preservar o valor da companhia.
Quase 91% do capital social da Log-In foi habilitado para participação da OPA. A SAS, subsidiária integral da MSC, passará a ser a efetiva titular de 67% das ações ordinárias de emissão da Log-In, caso haja o sinal verde do órgão antitruste. “O Cade ainda está avaliando para dar sua decisão final, mas a MSC já participa do dia-a-dia da gestão da companhia através do nosso conselho de administração”, ressaltou Gomes.
Ele explicou que o Cade continua solicitando informações à companhia a fim de dar seu despacho final em processo regular. “Não conseguimos prever quanto tempo isso demora. Ainda estamos dentro dessa janela gerencial, embora não haja garantia que o despacho final que se dê dentro desse prazo. Como companhia, continuamos ajudando com informações sobre Log-In e do mercado de forma geral (de navegação, terminais e operação intermodal). Temos feito reuniões frequentes para juntar material e enviar para o Cade”, destacou.
Site: Portos e Navios – 10/03/2022
