Navegação costeira e TVV garantem alta de 24% na receita da Log-In
Em 2021, empresa de navegação obteve melhor movimentação anual de contêineres dos últimos nove anos e registrou crescimento de 29% nos volumes movimentados de feeder, beneficiado pela alta do mercado internacional.
A Log-In aumentou em 24% sua receita operacional líquida (ROL), alcançando R$ 1,39 bilhão em 2021. De acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira (8), a ROL da atividade de navegação costeira somou R$ 1,09 bilhão no ano passado, com ebitda de R$ 305 milhões, o melhor desde 2012. A companhia também obteve a melhor movimentação anual de contêineres dos últimos nove anos, totalizando 425.000 TEUs, e registrou crescimento de 29% nos volumes movimentados de feeder, segmento beneficiado pela alta das importações e exportações no Brasil.
A companhia elencou ainda o impacto positivo da desvalorização do Real nas receitas atreladas ao dólar de Feeder e Mercosul. A Log-In possui receitas atreladas ao dólar nos segmentos Mercosul e Feeder na navegação costeira. Sob a perspectiva de custos, os principais são bunker, leasing de contêineres e taxas portuárias do Mercosul. No ano passado, a empresa de navegação percebeu aumento de custos com combustíveis devido à alta no preço do bunker ante 2020 (55,4% em reais) e desvalorização do Real em 4,7% frente ao dólar no período.
No 4º trimestre, a empresa destacou o crescimento da receita anual em 21% com a melhora no mix de cargas movimentadas. O resultado está associado ao maior volume movimentado de carga geral e granéis no Terminal de Vila Velha (TVV), que registrou aumento de 22% da ROL com maior movimentação no trimestre com a captura de novas cargas.Houve maior volume de transporte de veículos (+13,7%) transportados entre Brasil e Argentina e a entrada de novos clientes no Mercosul e no TVV beneficiando a ROL do período.
De acordo com a Log-In, eletroeletrônicos, químicos e petroquímicos, alimentos e bebidas foram alguns dos segmentos em destaque nos trades de Mercosul e Cabotagem. Na cabotagem, houve redução nos volumes devido a oscilações do mercado, porém sendo compensados pelo crescimento das movimentações nos outros trades.
No último trimestre, o volume no feeder subiu 7% sobre o 4T2020 impulsionado pela captura de novas oportunidades de negócio e pelo reposicionamento de contêineres vazios. No Mercosul, os volumes cresceram 8% em relação ao período comparativo, 4T20, pela maior movimentação dos clientes regulares e também pela entrada de novos clientes.
AFRMM
Nos três últimos meses de 2021, a receita relativa ao Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) teve aumento de 5,9% sobre o mesmo período do ano anterior, reflexo da maior receita operacional líquida unitária da cabotagem. No acumulado do ano, houve incremento de 15,9% no AFRMM devido à entrada de navios próprios na frota, Log-In Polaris em dezembro de 2019, que teve curva de crescimento de volumes ao longo do ano de 2020 e Log-In Endurance em maio de 2020.
No ano passado, a empresa anunciou a aquisição do porta-contêiner Log-In Discovery e firmou acordo para a compra de dois novos porta-contêineres. As embarcações estão em construção na China e a previsão de entrega é de dezembro de 2023 e maio de 2024.
Site: Portos e Navios – 09/03/2022
