Visitas técnicas ao Inhaúma definirão necessidade de manutenção, diz Petrobras
Empresa afirma que edital de sublocação não estabelece utilização específica para estaleiro, arrendado pela petroleira até 2031. Empreendimento, que conta com dois diques, está desde 2016 sem atividades de construção e reparo.
A Petrobras informou que as regras para a sublocação do Estaleiro Inhaúma não estabelecem nenhuma utilização específica para o ativo, localizado no bairro do Caju, no Rio de Janeiro (RJ). As instalações, que contam com dois diques, estão desde 2016 sem atividades de construção e reparação naval e offshore. De acordo com a empresa, que lançou no começo do mês edital para locação do espaço, o tempo necessário para reativação após a licitação, assim como uma eventual demanda por obras de manutenção, dependerá da atividade a ser desenvolvida e das visitas técnicas previstas no edital.
Entre as potenciais atividades para o estaleiro, segundo fontes ouvidas pela Portos e Navios, estão o reparo naval e o desmantelamento de plataformas e navios. As atividades, inclusive, podem vir a ser conciliadas, caso a empresa que alugar o espaço utilize os dois diques do estaleiro. De acordo com a Petrobras, o dique 1 tem 160 metros de comprimento por 25m de largura e o dique 2 tem 350m x 25m. O empreendimento possui área de 321.612 metros quadrados e está em posse da Petrobras. A petroleira confirmou que o contrato de arrendamento firmado com a Companhia Brasileira de Diques permanece ativo com vigência até 2031.
Agentes interessados no certame contaram à reportagem que esse período de seis anos inativo prejudicou as instalações do estaleiro, desde as oficinas até os diques, principal e auxiliar, que são importantes para atividades de construção e reparo naval. Há relatos de equipamentos, como a casa de bombas e o porta-batel, precisando de manutenção. "Vamos ver se aparece gente experiente com apetite de fazer e dar um novo destino ao estaleiro", acredita uma fonte que prefere não ser identificada.
Ela ponderou que essa licitação para locação representa um bom aceno ao mercado. “Na área de reparo, essa instalação já devia estar bombando, pois esse é um mercado bastante aquecido. Na área de construção naval, não dá para competir com os [estaleiros] chineses. Mas, na reparação e na área de serviços, com certeza, estamos mal utilizando esse estaleiro não utilizando-no”, enfatizou.
O prazo da licitação termina no próximo dia 4 de março. De acordo com as regras do certame, não será permitida a participação neste processo de contratação de sociedades organizadas sob a forma de consórcio. O edital prevê a participação de proponentes nacionais ou estrangeiros que estejam autorizados a atuar no Brasil. O critério de julgamento será a maior oferta de preço, conforme definido no portal Petronect.
Site: Portos e Navios – 22/02/2022
