2022-10-04
Exportações brasileiras crescem para Europa, EUA e Argentina e caem para Ásia

Mesmo totalizando US$ 70,96 bilhões, vendas externas para China, Hong Kong e Macau tiveram queda de 3,6% entre janeiro e setembro, conforma balança comercial divulgada pela Secex

As exportações brasileiras cresceram entre os meses de janeiro e setembro, somando US$ 253,84 bilhões (alta de 18,4%), conforme dados da balança comercial divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Em valores, os principais parceiros foram União Europeia, totalizando US$ 38,6 bilhões (aumento de 37,5%); Estados Unidos com US$ 27,9 bilhões (+25,2%); e Argentina, que chegou a US$ 11,89 bilhões (+35,3%). Mesmo alcançando a marca de US$ 70,96 bilhões, as vendas externas para países asiáticos – como China, Hong Kong e Macau – decresceram 3,6%.

No acumulado do ano, a indústria de transformação alcançou US$ 136,06 bilhões (um incremento de 29,4%) e a agropecuária chegou a US$ 59,6 bilhões (+31,7%). A indústria extrativa contabilizou uma queda de -9,4%, entre janeiro e setembro, cravando US$ 56,96 bilhões.

Dentro da conjuntura total de vendas externas por setor e produtos, as exportações brasileiras foram impulsionadas pelo incremento pelo milho não moído, exceto milho doce (+171,9%), café não torrado (+53,8%) e soja (+20,9%) na agropecuária; pelo grupo de outros minerais em bruto (+75,2%), minérios de níquel e seus concentrados (+41,8%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos e crus (+33,1%) na indústria extrativa.

Na indústria de transformação, os negócios do Brasil com outros países envolveram os segmentos de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+39,7%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+42,3%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+86,4%).

Projeção de superávit

Como o Brasil exportou US$ 253,84 bilhões (alta de 18,4%) e importou US$ 205,97 bilhões (+30,6%), a balança comercial acumulou um superávit de US$ 47,87 bilhões no período avaliado pela Secex – 15,6% a menos do que foi registrado entre janeiro e setembro do ano passado. Mesmo diante desse recuo, o saldo é o segundo melhor da história, ficando atrás somente dos nove primeiros meses de 2021, quando o superávit fechou o ciclo em US$ 56,44 bilhões.

Conforme a Agência Brasil, a equipe econômica reduziu, significativamente, a projeção de superávit comercial para 2022: em julho, o Ministério da Economia havia projetado um saldo positivo de US$ 81,5 bilhões, mas hoje (3/10) atualizou para US$ 55,4 bilhões. Mesmo assim, esse saldo seria menor apenas que o superávit de US$ 61,41 bilhões de 2021.

As estimativas oficiais, que são atualizadas a cada três meses, estão mais pessimistas em relação às do mercado financeiro. Por exemplo, o boletim Focus – uma pesquisa com analistas de mercado, que é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) – projeta um superávit de US$ 61,5 bilhões neste ano, segundo a Agência Brasil.

Site: portos e Navios – 04/10/2022


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