Capacidade de geração demandará upgrades e expansão da frota de suporte a eólicas
Estudo da DNV projeta aumento da oferta de crédito para parques offshore, que poderá chegar a 50% da carteira até 2050, influenciado pelas metas de descarbonização
Um estudo da DNV projetou que o financiamento para energia eólica offshore pode chegar a 50% da carteira de crédito até 2050, influenciado pelas metas de descarbonização e pela pressão internacional por redução de emissões. Até 2030, os investimentos para projetos de parques eólicos no mar devem representar 10% dos investimentos na chamada ‘Economia Azul’. A classificadora observa prioridade de crédito para projetos comprometidos com descarbonização e que as embarcações especializadas que estão sendo encomendadas, a nível global, possuem características híbrida, elétricas e com combustíveis de baixo carbono.
A avaliação é que essa indústria é relativamente recente, mas que já existem torres eólicas offshore projetadas para até 15 megawatts(MW), cerca de cinco vezes mais que a capacidade de geração de 10 anos atrás, o que demandará upgrade de embarcações e expansão da frota de suporte às usinas eólicas no mar. “Para justificar a extensão da vida útil das embarcações e o retorno dos investimentos, está havendo adaptação dessas embarcações, principalmente dos guindastes, hoje de 900 toneladas, para 1.500 toneladas”, comentou o chefe de comunicações da divisão marítima da DNV nas Américas, Sérgio Garcia, durante painel da 16ª Navalshore sobre o tema.
O mapeamento detalha que, a nível de contratação, os contratos costumam ter um a três anos de duração na fase de instalação. A etapa de operação e manutenção possui contratos de longo prazo, de 20 anos ou mais. Já os contratos de embarcações para descomissionamento das instalações têm duração média de um a dois anos, semelhante aos projetos de desenvolvimento de plataformas marítimas de exploração e produção de petróleo e gás. As principais embarcações demandas, segundo o levantamento, são: WTIVs (Wind Turbine Installation Vessels), Service Operation Vessels (SOVs) e Crew Transport Vessels (CTVs).
Site: Portos e Navios – 13/09/2022
