DPW Santos reaproveita mais de 186 toneladas de resíduos

Terminal portuário multipropósito instalado na margem esquerda do Porto de Santos vem transformando insumos não recicláveis em energia sustentável para indústria, via programa “Aterro Zero”

Primeiro terminal portuário do Brasil a não destinar seus resíduos para aterros sanitários, o DP World Santos já contabiliza resultados positivos relacionados ao programa “Aterro Zero”, que foi lançado em fevereiro. O projeto propõe transformar todos os resíduos não recicláveis, gerados no local, em energia sustentável para as atividades já existentes da indústria –, além da destinação para o reaproveitamento energético via sistema de Combustível Derivado de Resíduos Sólidos Urbanos (CDRU), incluiu a compostagem.

Desde o início do programa, 186,22 toneladas de resíduos sólidos deixaram de ser enviadas aos aterros sanitários da região: 22% daquilo que foi gerado pelo terminal, nos últimos cinco meses, foi encaminhado para o CDRU (18%) e para a compostagem (4%). Instalado à margem esquerda do Porto de Santos (SP), o DPW Santos, que faz parte do grupo Dubai Ports World, é responsável pela operação de um dos maiores terminais portuários privados multipropósito do país.

A empresa destacou que as ações do 'Aterro Zero', que são licenciadas por órgãos ambientais locais, vêm impactando na conservação e racionalização de recursos minerais e energéticos, sem gerar novos passivos ambientais. Os principais resíduos destinados ao sistema de Combustível Derivado de Resíduos Sólidos Urbanos vieram da varrição de celulose do pátio, além do lixo comercial, como: papel higiênico, papel tolha e misturas de resíduos não passíveis de separação. Para a compostagem foram enviados produtos orgânicos oriundos dos refeitórios do terminal.

Desempenho

Conforme a DPW Santos, o lixo destinado ao CDRU pode virar combustível para a indústria cimenteira. Para efeitos comparativos, geralmente os fornos de cimento consomem um tipo de combustível fóssil – o coque de petróleo, que tem um poder calorífico de 8 mil Kcal para cada tonelada de combustível.

Já uma tonelada de resíduos não recicláveis triturados e preparados para o CDRU tem um poder calorífico médio de 3,5 mil Kcal. Sendo assim, 2,3 toneladas de resíduos não recicláveis são suficientes para substituir uma tonelada do coque de petróleo.

De acordo com a empresa, em 2021, o terminal multipropósito já tratava, reciclava e reaproveitava cerca de 80% de seus resíduos. Agora, 100% deles ganharam uma 'nova vida'.

“Antes mesmo da implementação do projeto Aterro Zero, a maior parte do tratamento de resíduos na DPW Santos já era realizado de forma a não ameaçar o meio ambiente e a saúde humana, com destinação para reciclagem, reutilização, logística reversa, coprocessamento, rerrefino de óleo, entre outros”, informou Audrey Cortez, supervisora de meio ambiente da DPW Santos, à Portos e Navios.

Segundo ela, com a inclusão da compostagem e do reaproveitamento energético, em menos de seis meses, foi possível reaproveitar 100% dos resíduos. “O resultado evidencia o compromisso do terminal com a nossa agenda de sustentabilidade, uma atuação responsável que ocorre não apenas no Brasil, mas em todas as regiões em que atuamos”, comentou Audrey.

Site: Portos e Navios – 27/07/2022