2022-07-05
Comércio exterior: Agropecuária e indústria da transformação lideram no 1º semestre

Balança comercial do país fechou acumulado de janeiro a junho com superávit de US$ 34,246 bilhões, registrando queda de 7,6% na comparação com mesmo período do ano passado

A balança comercial do Brasil encerrou o primeiro semestre de 2022 com um superávit de US$ 34,246 bilhões, um decréscimo de 7,6% ao compará-la com igual período do ano passado. As exportações chegaram a R$ 164,059 bilhões e as importações somaram US$ 129,813 bilhões.

No acumulado do ano (de janeiro a junho) das vendas externas, a agropecuária liderou a pauta do comércio exterior com US$ 70,81 milhões (+27,8%), seguida pela indústria da transformação, que somou US$ 167,91 milhões (+31,6%). O saldo negativo foi registrado pela indústria extrativa com queda de US$ 22,98 milhões (-7,3%).

Os dados foram divulgados na última sexta-feira (1º) pela Subsecretaria de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior (Sitec/Secex), vinculadas ao Ministério da Economia.

Segundo o governo federal, as exportações do agronegócio foram alavancadas pela soja (aumento de US$ 45,53 milhões na média diária, com alta de 22,7%); café não torrado (US$ 12,53 milhões e + 56,6%); milho não moído, exceto milho doce (US$ 8,82 milhões e +142,6%); trigo e centeio não moídos (US$ 5,18 milhões e +519,7%); e animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (aumento de US$ 470 mil na média diária e alta de 81,5%).

A indústria de transformação foi impulsionada por óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (aumento de US$ 24,46 milhões na média diária, culminando em acréscimo de 92,3%); carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (US$ 16,78 milhões e + 58,7%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (US$ 14,25 milhões e + 46,5%); gorduras e óleos vegetais, soft, bruto, refinado ou fracionado (US$ 9,79 milhões e +123,5%); e carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (US$ 9,15 milhões e +35,8%).

Importações

No acumulado do ano, em relação a janeiro-junho de 2021, o desempenho dos setores pela média diária ficou assim: um crescimento de US$ 2,38 milhões da agropecuária (+11,7%); alta de US$ 52,84 milhões da indústria extrativa (+125,8%); e acréscimo de US$ 190,21 milhões em produtos da indústria de transformação (+26,1%).

Conforme o Sitec/Secex, a combinação desses resultados foi responsável pelo crescimento das importações, puxadas pela agropecuária: trigo e centeio, não moídos (aumento de US$ 1,32 milhões na média diária e alta de 18,9%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (US$ 930 mil e + 42,6%); cevada, não moída (US$ 600 mil e +107,8%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (US$ 450 mil e +25,8%); e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chiclete e gomas naturais (US$ 280 mil e + 17%).

Na indústria extrativa, as importações foram impulsionadas pelo carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (aumento de US$ 18,87 milhões na média diária e alta de 218,9%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (US$ 17,84 milhões e +122%); gás natural, liquefeito ou não (US$ 15,86 milhões e + 126,1%); outros minérios e concentrados dos metais de base (US$ 970 mil e + 48,4%); e fertilizantes brutos, exceto adubos (US$ 430 mil e + 77,5%).

Já a indústria de transformação foi liderada por adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (aumento de US$ 66,36 milhões na média diária e alta de 178,3%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (US$ 35,53 milhões e + 82,4%); válvulas e tubos termiônicos, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (US$ 17,06 milhões e + 56,5%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (US$ 13,19 milhões e + 58,2%); e inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (US$ 9,33 milhões e +83%).

Destinos

Os principais destinos das exportações por ordem de valores (superiores a US$ 10 milhões) e porcentagem de aumento, respectivamente, foram Estados Unidos (com acréscimo de US$ 33,8 milhões na média diária e alta de 31,1%); Espanha (US$ 16,2 milhões na média diária, alta de 76,3%); Argentina (US$ 14,8 milhões e + 32,4%); Singapura (US$ 12,9 milhões e + 61,5%); Chile (US$ 11,2 milhões e +50,7%)

Por origem das importações, por ordem de valores (superiores a US$ 10 milhões) e porcentagem de aumento, respectivamente, o Brasil importou mais produtos dos Estados Unidos (acréscimo de US$ 68,4 milhões na média diária, com alta de 51,2%); China (US$ 50,8 milhões e +29%); Rússia (US$ 16,4 milhões e +90,8%); Canadá (US$ 12,7 milhões e +172,1%). Para ter acesso ao documento da Sitec/Secex,

Site: Portos e Navios – 05/07/2022


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